21h11 – Palazzo Real da Camarilla ~Sala do Trono
Melcchio voltou os olhos sérios e indiferentes para a criatura. O cavaleiro entrou calmamente, soltando a abotoadura que lhe prendia a capa aos ombros e jogando-a para o lado. Tirou a cartola enquanto erguia os olhos que se prenderam instantaneamente à figura do Príncipe, como se atraídos por ela.
_ Essa será tua noite de honra, Monarca de Florença. Tu és o último carrasco, e eu vim para cobrar o teu sangue, como jurei que o faria.
O jovem havia retirado as duas luvas negras, e, quando parou, as atirava aos pés de Sua Alteza. O Príncipe encarou o gesto como um fantasma, estava sério e dava àquilo um ar de importância. “_ Um duelo. Ele quer um duelo”.
Diante do gesto, o Flagelo, que até então havia se mantido às costas do Príncipe, deu um passo à frente. Olhou para o jovem intruso com ar de desafio, exibindo o grande machado acastanhado e as espadas na cintura.
Melcchio reparou um brilho de surpresa nos olhos de seu vingador, que parecia, até então, não ter reparado na presença daquele guardião. Mas a resposta do intruso foi clara quando desembainhou o florete e o apontou em direção ao machado.
Raphael Melcchio se adiantou. Tocou o braço direito de seu Guardião, forçando-o a abaixar a arma. O rapaz loiro o encarou, sem entender, enquanto Melcchio balançou-lhe a cabeça.
_ Sei que você me defenderia com a vida se necessário, mas não pode lutar contra ele.
O jovem pareceu não entender; suas armas eram enorme e ele as empunhava com destra habilidade e maestria. Então o Príncipe o olhou de soslaio, entregando o que já sabia:
_ Foi ele, não foi? É a ele que você deve ‘isso’ que é agora. Você não seria capaz de derrotá-lo, tem uma dívida com ele. Mas ele não hesitará em lhe tirar a vida se você se intrometer.
Aquele jovem celta parecia confuso enquanto olhou para o adversário do Príncipe, que em nada alterara sua postura: mantinha a declaração de ofensa, o florete em riste e o olhar cheio de ódio, e parecia aguardar em silêncio.
_ Vá embora daqui. – disse o Príncipe desembainhando o próprio florete, mas ainda mantendo-o baixo. – Você pagou um preço muito alto para ter sua própria vingança, e o seu tempo já está terminando.

O Flagelo deu um passo para trás, assustado com o que seu príncipe demonstrava saber; Melcchio lhe sorriu de volta.
_ Você me serviu bem, e eu vou me lembrar disso. Agora saia daqui e vá atrás do inimigo que você já encontrou. Está livre do compromisso que tinha comigo. O que está esperando? Esse duelo é meu, não deixarei que o lute em meu lugar.
Ambos se olharam por um instante, até que o Príncipe lhe virou o rosto para encarar o verdadeiro oponente.
_ Adeus, Gabriel. Nos veremos em uma próxima existência.
O Guardião do Príncipe pareceu entender. Voltou a guardar o machado nas costas, e começou a caminhar em direção à saída. O jovem da cartola não se mexeu quando o loiro passou por ele e tomou o longo corredor de saída.
Raphael esperou uns instantes. Então sacou também o rebuscado punhal italiano e se adiantou, abrindo espaço e levantando o florete no ar.
_ Muito bem. Chegou a nossa hora, Lorde Lawrence Gray.

De leste a oeste, em todas as terras desse reino, sempre ouvi o Teu nome... Sempre sussurrado. Como se fosses Tu um deus de mármore.
Melcchio voltou os olhos sérios e indiferentes para a criatura. O cavaleiro entrou calmamente, soltando a abotoadura que lhe prendia a capa aos ombros e jogando-a para o lado. Tirou a cartola enquanto erguia os olhos que se prenderam instantaneamente à figura do Príncipe, como se atraídos por ela.
_ Essa será tua noite de honra, Monarca de Florença. Tu és o último carrasco, e eu vim para cobrar o teu sangue, como jurei que o faria.
O jovem havia retirado as duas luvas negras, e, quando parou, as atirava aos pés de Sua Alteza. O Príncipe encarou o gesto como um fantasma, estava sério e dava àquilo um ar de importância. “_ Um duelo. Ele quer um duelo”.
Diante do gesto, o Flagelo, que até então havia se mantido às costas do Príncipe, deu um passo à frente. Olhou para o jovem intruso com ar de desafio, exibindo o grande machado acastanhado e as espadas na cintura.
Melcchio reparou um brilho de surpresa nos olhos de seu vingador, que parecia, até então, não ter reparado na presença daquele guardião. Mas a resposta do intruso foi clara quando desembainhou o florete e o apontou em direção ao machado.
Raphael Melcchio se adiantou. Tocou o braço direito de seu Guardião, forçando-o a abaixar a arma. O rapaz loiro o encarou, sem entender, enquanto Melcchio balançou-lhe a cabeça.
_ Sei que você me defenderia com a vida se necessário, mas não pode lutar contra ele.

O jovem pareceu não entender; suas armas eram enorme e ele as empunhava com destra habilidade e maestria. Então o Príncipe o olhou de soslaio, entregando o que já sabia:
_ Foi ele, não foi? É a ele que você deve ‘isso’ que é agora. Você não seria capaz de derrotá-lo, tem uma dívida com ele. Mas ele não hesitará em lhe tirar a vida se você se intrometer.

_ Vá embora daqui. – disse o Príncipe desembainhando o próprio florete, mas ainda mantendo-o baixo. – Você pagou um preço muito alto para ter sua própria vingança, e o seu tempo já está terminando.

O Flagelo deu um passo para trás, assustado com o que seu príncipe demonstrava saber; Melcchio lhe sorriu de volta.
_ Você me serviu bem, e eu vou me lembrar disso. Agora saia daqui e vá atrás do inimigo que você já encontrou. Está livre do compromisso que tinha comigo. O que está esperando? Esse duelo é meu, não deixarei que o lute em meu lugar.
Ambos se olharam por um instante, até que o Príncipe lhe virou o rosto para encarar o verdadeiro oponente.
_ Adeus, Gabriel. Nos veremos em uma próxima existência.
O Guardião do Príncipe pareceu entender. Voltou a guardar o machado nas costas, e começou a caminhar em direção à saída. O jovem da cartola não se mexeu quando o loiro passou por ele e tomou o longo corredor de saída.
Raphael esperou uns instantes. Então sacou também o rebuscado punhal italiano e se adiantou, abrindo espaço e levantando o florete no ar.
_ Muito bem. Chegou a nossa hora, Lorde Lawrence Gray.

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