30 abril, 2006

Blá blá blá

Pronto. Estou com este texto esperando para postagem já tem uns 20 dias. Finalmente me livrei dele. ¬¬

Resumo a quem interessa:

● Annabell inconsciente e incapacitada, na mansão de Júlia Delacroix. Irá demorar cerca de 5 dias para se curar completamente.

● Lucius, em torpor, em uma residência pertencente à Camarilla. Dois dias para se curar completamente. Atualmente em viagem astral.

● Júlia, de volta à sua aparência kawaii-fatal, saltitando toreadoramente pelas ruas escuras. ¬¬ Tsc... Toreadores não levam nada a sério! -___- Três dias para se curar completamente.

● Byron no Inferno com os capetinhas Nefandus. ¬¬ (Sim, eu VOU voltar! Ò____Ó Há há há há há!!!)

● Ludwig... He he he....!! Vou postar sobre isso amanhã. Ho ho ho!!!

● O restante de vocês estão bem. Talvez meio arranhados, ou meio sem sangue. Mas, bem.


Obituário Relevante:

- James Iha - Harpia
- Linton Brunge - Senescal
- Ravnos - Aliada de Lucius
- Fianna - Aliado de Symon


Mudanças Relevantes:

- Armand Brönte (Primigênie) – Despertou
- Tyler (Primigênie) – Despertou
- Smeagol (é, o próprio... ¬¬ - Primigênie) – Despertou


Minha Descoberta Relevante:

Olha só! ô_O E não é que o tal Abismo dos Magos é o mesmo Abismo dos Lasombra?! O.o Wooo~! Alguém vai se divertir com isso…! ¬____¬


_____


Amanhã, na biblioteca, às 18h30. Valeu, moçada?
Barufe e Pepe, espero vocês em casa às 16h, ok?

_____

Minhas tentativas de modificar o layout de blog continuam frustradas e me dando apenas dor-de-cabeça. >___<

Aliás, eu lembrei de dizer: eu SEI que estava a maior tempestade na cena e estava todo mundo molhado e tal. Mas essa foi a melhor imagem que encontrei. Então não me censurem, sim? ¬¬"

Retorno da Longa Noite - parte III

08 de janeiro - Ano 2201 Florença - Arredores dos Elísios


O Príncipe de Florença e um jovem loiro, seu Flagelo, seguiam apressados para o teatro que servia de fachada aos Elísios. De repente, o jovem pára e pega na palma da mão uma peça delicadíssima que caíra dos céus. Ele observa-a confuso:

_ Um cristal de gelo...?!

_ Um cristal de gelo em Florença... – responde o Príncipe, visivelmente ficando preocupado.

Os dois se entreolham por um breve instante, quando o número daqueles cristais aumenta rapidamente, e se põem a correr. O Elísio estava próximo e, quando saem da ruela escura em que estavam e dão com a rua aberta e ampla em que se localizava o teatro, o Príncipe estaca com uma expressão de assombro. O jovem loiro compartilha de seu espanto, quando repara, sobre o telhado maior de uma catedral em estilo clássico, na figura imponente de majestosa beleza. Do alto em que estava, uma mulher de porte e longos cabelos acastanhados parecia controlar os ventos e a geada. De braços abertos, ela falava com o Vento do Norte e castigava toda a cidade. O Príncipe sentia os cristais cortarem-lhe o rosto, porém ainda estava boquiaberto com aquela presença.

_ Senhora da Tempestade...! – ele sussurra, os olhos arregalados.

Protegendo o rosto com um braço, o jovem loiro pergunta:

_ Ela é um dos Garous! Sua Alteza a conhece?!? I

gnorando os ventos, Raphael dá os primeiros passos em direção à catedral onde está a Garou. Seus olhos ainda não têm certeza do que vêem:

_ Sempre acreditei que ela não fosse mais do que uma lenda...! Estamos realmente com problemas se não o for...

O jovem loiro fica ainda mais apreensivo, não faz idéia de que seu Monarca pretende aproximando-se daquela maneira descuidada e inoportuna.

_ O que vai fazer!? Vossa Alteza! - ele avança em direção ao Príncipe, determinado a detê-lo. Mas o Príncipe é de longe mais rápido que o jovem e, sem que este seja capaz de perceber seus movimentos, Raphael já se encontrava uma sacada abaixo da grande Garou.

Raphael não era um homem de armas. A espada em sua cintura era um mero ornamento de honraria, suas habilidades de espadachim foram adquiridas por fetiche e capricho. Ela sabia exatamente o que fazer no trono, com o cetro na mão, mas não era nem de longe um guerreiro valoroso. E era exatamente nessas desvantagens que ele pensava enquanto dirigia sua voz para aquela mulher.

_ Senhora dos Ventos! Senhora, senhora líder dos Garous! – a voz do Príncipe sai abafada e é carregada para longe pelos fortes ventos. O manto vermelho, já encharcado e sendo puxado pelos ventos furiosos, faz com que tenha de manter-se firme para assegurar seu equilíbrio. A tempestade torna-se a cada instante mais violenta, mas Eudoxia consegue ouvi-lo e lhe direciona o olhar.

_ Aplaque sua ira, Senhora da Tempestade! Não quero lutar contra você! Leve seus filhotes de volta para as montanhas e eu deterei os meus! Não quebre os séculos de nossa paz! Eu lhe peço!

Eudoxia permaneceu segundo em um silêncio atônito, depois dos quais sua risada completa encheu os ares.

_ Admito sua coragem de líder por vir até aqui interceder pelos seus. Mas suas palavras são uma piada estúpida! Não podem estar falando sério... Ou então é completamente ingênuo! Vocês são uma mácula sobre a face de Gaia. Sua raça merece ser massacrada! Meus filhos merecem ser vingados!

O Príncipe via que sua investida talvez não obtivesse sucesso. Sabia que poderia fazer frente aos Garous se “eles” intervissem, porém, pensava em como resolver aquilo sem que tanto se tornasse necessário.

_ Aqueles que vocês atacam, aqueles que estão sob a minha regência, nada têm a ver com sua perda, posso lhe assegurar isso! O sangue de seus filhos já foi cobrado em sete vezes! Seus filhos já foram vingados!

Um sorriso de escárnio passou pelos lábios da mulher e ela riu com desdém:

_ Palavras de um covarde. É o fim da linha para vocês. Essa é uma batalha que não podem vencer. E, para seu desespero, também já não podem fugir!

Raphael Melcchio sabia que aquelas palavras carregavam a sua verdade. Eles estavam cercados. Mesmo que ele próprio intervisse, mais de 80% de toda a sociedade vampírica seria facilmente eliminada. Eudoxia não cederia por palavras de um vampiro. A aura de apreensão e ansiedade que rondava a figura do Príncipe, então, sumiu simplesmente. As roupas estavam molhadas e pesadas no momento em que ele abaixou a cabeça e fechou os olhos. Quando voltou a erguer o olhar, tinha o porte da coroa e da majestade. O rosto frio de menino era impassível, mas sua voz, autoritária, carregava o som de milênios.

_ Há males maiores que temos que derrotar. Tire seus filhotes daqui. Esse mau é um problema nosso, mas ele se estenderá até vocês. Vão embora agora, para poderem lutar depois. É a minha última palavra.


O azul glacial nos olhos do Príncipe era tão gélido quando aquela geada, e tão impiedoso quanto o coração da própria Eudoxia. Ele também não recuaria. Eudoxia sabia de que mal ele falava; sim, as visões que atormentavam Sarah. A líder chegou a abrir os lábios para uma resposta cínica e honrada, porém, nesse instante, um uivo de terror chamou-lhe a atenção. Sua atenção se voltou para a direção do som e, no telhado do que restava dos Elísios, ela viu um grande lobo castanho. Sarah, sua filha, aquela que herdara o seu dom das visões, havia algo que a perturbava. Seus olhos verdes lupinos pareciam não ter consciência do mundo que os cercavam enquanto a grande loba uivava para a lua vermelha no céu. Eudoxia sondou os pensamentos da sacerdotisa, e a visão que compartilharam era de morte e ruína. Houve um momento de terror no coração gelado de Eudoxia. Havia um grande mau que se aproximava, e que agora ela sabia que isso estava ligado aos Lambedores, como a Matilha suspeitara.

Ela voltou sua atenção ao Príncipe. Na altura em que estava, ela olhou para longe e, pela primeira vez, teve consciência de outras quatro presenças, espalhadas aqui e ali, e uma visão acompanhava cada uma delas. Uma das criaturas tinha uma aura de fogo imensa que não era nem de longe afetada pela geada, enquanto que outra exercia uma atração irresistível; outra tinha uma loucura contagiosa para quem ousasse fitar seus olhos diretamente, e a outra tinha uma presença de forças magistral. Eudoxia teve uma clarividência rápida na qual seus filhos perdiam o senso para uma loucura total; viu o chão se abrir rumo ao grande centro da terra, e seus filhotes se jogarem dentro dele como que encantados pelo fogo que ardia naqueles confins. Viu que seu amado Avicus jogava-se lá também e, em sua visão, ela não fora capaz de detê-lo.

Aqueles eram seres antigos, ela sabia. Talvez, tão antigos quando o mal comum que ela e aquele monarca, que tão audaciosamente oferecera um acordo, temiam. Por um momento, ela teve um pressentimento, um pressentimento como há muito não tinha. Teve a visão de um menino de olhos negros e um sorriso de demônio. Quando ele lhe sorriu, Eudoxia teve medo. A líder dos Fiannas soltou um ganido baixo de terror. Deu um passo para trás, ainda perturbada com as visões. Mas seu olhar foi se serenando aos poucos. Melcchio ainda aguardava, apreensivo e julgando-se um tolo por ter ido até ali.

A líder dos Garous tirou de suas roupas uma flauta prateada, com alguns sinos e penas amarrados. Ela a levantou e começou a tocar, uma melodia baixa, mas igualmente forte, que era levada pelo vento a todos os cantos de Florença.

O jovem Flagelo abaixou o machado, deixando que a lâmina tocasse o chão. O Príncipe sentiu sua mente se esvaziando por completo. E a loba que uivava acima dos Elísios correu para perto de Eudoxia.

Foram apenas algumas notas até que um Crinos furioso saltasse para fora do teatro semi-destruído. Ele saltou de uma vez só até o lado de Eudoxia, com um rosnado terrível de fúria e desaprovação. Os olhos do Príncipe observaram a criatura dos pés à cabeça. Ele deveria ter quase três vezes a estatura da Garou com a flauta. Era enorme, maior que todos os Garous que Melcchio havia visto em mais de mil anos. As garras expostas reluziam de sangue e uma luz sobrenatural. Essa criatura, facilmente identificada como sendo o real líder, rosnava para a mulher, Eudoxia. Melcchio era incapaz de decifrar suas palavras entre os rosnados, e sua mera presença fazia com que se sentisse acuado.

_ “Um predador...” – o Príncipe pensou – “A presença de um predador. Nosso predador.

_ Devemos voltar, Avicus. – era Garou tentava interceder, mas o macho era só fúria e desaprovação. Foi então que ele direcionou um olhar vermelho para a figura do Príncipe, a poucos metros deles. Avicus deu um passo em sua direção, mostrando as presas. Foi seguro pelo braço por Eudoxia:

_ Avicus! Temos de voltar! Agora!

A loba menor havia se colocado entre o líder e a figura do Príncipe. Avicus levantara a Klaive no ar e dera um uivo contra Eudoxia, que já tinha um tamanho quase igual ao seu, as presas também visíveis.

_ Eu vi, Avicus! Eu vi o demônio de Sarah! Temos de deixá-los! Mate-os agora e essa maldição será nossa! Ela se voltará contra nós!

Avicus ainda rosnava, mas abaixou as armas. Deixou que a tempestade fria lhe acalmasse, enquanto seu tamanho diminuía um pouco. Ele olhou novamente para o Príncipe, ainda com as grandes presas e as garras mais do que visíveis. Melcchio sentiu como se seu coração pudesse sair-lhe pela boca naquele instante. Estava paralisado. Avicus voltou os olhos para Eudoxia, ainda com fúria e ainda descontente em ter de abandonar a batalha indubitavelmente ganha.

_ Melhor que tenha mesmo certeza da serventia desses vermes! – ele disse entre dentes. Passou pela loba, que lhe deu caminho, e correu passando a meio metro do Príncipe. Já na rua, transformado em um majestoso lobo de pêlos avermelhados, deu um uivo convocando a Matilha.

Eudoxia e Sarah juntaram-se à ele, bem como muitos depois.

E os Fiannas retornaram para as montanhas, bem como a tempestade de gelo e sangue que trouxeram.

Ao menos, foi o que pareceu...

28 abril, 2006

R.P.G.

Oh, seres Despertos! Prestem atenção! O__O

Sobre as sessões de R.P.G.: sábado, 18h, na biblioteca e, se vocês puderem, segunda, 18h30, também na biblioteca. Não vai dar para jogarmos no domingo. Se alguém tiver problemas com essas datas/horários, avisar-me.

Notas e Erratas

● quando o machado de Júlia bate no escudo mágico de Miguel, ele não deveria ter se quebrado (posso explicar isso depois).

● Annabell não deveria estar conseguindo mexer o braço esquerdo, já que o golpe da Klaive de Avicus não foi superficial, mais sim abriu um rasgo, cortando a clavícula. Uma vez que ela ainda não se recuperou dos 3 pontos Agravados do golpe, o ferimento ainda estaria aberto...

● Lu, respondendo: Annabell derrubou 8 garous em 3 turnos. Já que não está usando Rapidez nas balas, 3 ações por turno, excetuando a bala que você mandou em Miguel.

● com exceção de Miguel e Júlia (lembrei de uma coisa que esquecemos ontem, John), todos os outros bichões em forma Crinos, quando voltarem ao normal, estarão peladinhos. Ù_U Ou peladões... ¬¬

● independente do personagem ter Fortitude ou não (não me interessa o nível) uma Klaive consagrada DÁ danos Agravados. O máximo que eu poderei fazer, dependendo da Fortitude e de quem use a Klaive, é reduzir o dano para Letal. Dano esse que deverá ser curado no tempo adequado.

● respondendo a uma pergunta que me foi feita ontem: se a Matilha continuasse a briga (digo se porque eu já programei deles recuarem), a Camarilla em Florença seria extinta. Vocês não têm chances. Depois que os lobinhos forem embora e saírem de cena eu explico como e por quê.

● Os Malkavianos SÃO os reis do mundo. ¬¬

26 abril, 2006

Retorno da Longa Noite - parte 2 c

Capela de Hermes
Florença, Itália

Uma limusine preta, de vidros escuros, pára em frente a um pequeno palacete de estilo renascentista do começo do século XV. O chofer abre a porta do passageiro, dando passagem a uma jovem mulher traços orientais. Um segundo homem, saindo do carro, põe-se a descarregar uma mala. A mulher, de andar sensual e controlado, sobe calmamente as escadarias de mármore branco, os olhos ferinos percebendo cada detalhe. O motorista, com a mala, bate na porta. Um jovem criado imediatamente reconhece os visitantes, fazendo mensuras para que entrem e fiquem à sua vontade, ele chamaria o Sumo-Sacerdote da Capela. A jovem entra, direciona um olhar carismático ao criado que, devendo ter seus imaturos 16 anos, recém-Desperto, põe se vermelho e sente um calor percorrer-lhe o corpo. Ela pára no meio do salão, admirando-se com o espaço dimensional grandioso do lado de dentro. De suas costas vêm uma voz masculina, a voz de um amigo, mas há muito não ouvida:

_ Ágnes...!

Ela se vira, reconhecendo a voz e respondendo com um caloroso sorriso.

_ É sempre bom vê-la, minha querida...

Retorno da Longa Noite - parte 2 b

Capela Tremere
Florença, Itália


É meia-noite. Os sinos do Duommo tocam ao longe. A noite cresce e entrega-se a si mesma; uma atmosfera eterna de ausência e silêncio.

Em um quarto subterrâneo, o corpo pálido de um jovem está jogado sobre a cama. Suas mãos estão pousadas displicentemente sobre o colo, como se aquele gesto guardasse algum segredo; mas não guarda. Seu olhar nostálgico perde-se na parede vazia, buscando lembranças e fantasmas. Ele não pensa em nada, nem sente vontade de nada. Nesse momento, está entregue a uma batalha perdida contra seus sonhos e seus desencantos.

Ele escuta, meticuloso, a pulsação do próprio coração. Mas ele não gosta desse ruído: essa perfeição da sua certeza o constrange; tudo é demasiado claro. O coração que reconhece como seu é então o coração da noite.

As chamas no candelabro ao lado tremulam, e uma sombra palpável se esgueira pelo vão de baixo da porta. Uma figura esguia e feminina se mostra, emergindo das sombras, fazendo-se daquelas sombras, com uma presença antiga e passada, como o roçar das asas de um fantasma. O jovem sente-se triste por ter sido surpreendido naquela forma derrotada, longe se sua costumeira magnitude, um pobre personagem deitado sobre as próprias cinzas. Mas não diz nada. Apenas encara sua dama soturna.

A mulher sorri discretamente, nada mais do que uma menção e, se aproximando, seus lábios tocam de leve o rosto do jovem, e ele se adianta:

_ Por que demorastes tanto?

Retorno da Longa Noite - parte 2 a

Viena, Áustria
Capela-Sede Tremere


Frente às escadarias de uma antiga e majestosa construção, um homem caminha serenamente. Os pés descalços sobre o gelo, seus olhos se erguem rumo àquelas torres fechadas e mudas; somente seu sorriso sereno leva luz ao cenário frio e cinzento. Ninguém o escuta, ninguém o olha e os cachorros latem em volta do homem. Mas ele não se importa com nada: ele segue girando sua manivela e seu realejo não se cala nunca...

24 abril, 2006

Retorno da Longa Noite - parte I c

21 de novembro, Inverno de 2183
Birmigham – Inglaterra
Em um prédio residencial no centro da cidade, em pequeno cômodo do depósito no décimo andar, cinco jovens de idade entre 15 a 17 anos se reuniam, ocasionalmente, para compartilharem de seus desastres cotidianos. O inconformismo, a nostalgia de uma época nunca vivida, bem como a melancolia pelo que a vida tinha de fútil, eram características que compartilhavam. As roupas pretas, a maquiagem pesada e o ar soturno e trágico dos olhos eram marcas que identificavam os chamados góticos. Dizia-se que isso era rebeldia da idade, futilidade sem motivos, como aquilo que eles mesmo criticavam. Mas o grupo respondia aos comentário com palavrões e gestos obscenos.
A garrafa de absinto, adquirida de forma ilegal, esvaziara-se com um último brinde, ao Amor e à Morte misericordiosa.
Um dos garotos, que tinha o ar de ser o mais velho, puxou do bolso um pequeno pacote branco, minuciosamente amarrado com um barbante muito fino.
_ Woo~! Esperei por isso a semana toda!
_ O cara que me vendeu disso que essa mistura é mais forte, porque é mais pura, saca? Tem menos mato e mais erva... – foi o comentário do mais velho, enquanto enrolava a mistura de ervas secas em um pedaço de papel com perícia impecável.
_ Melhor que seja bom mesmo. Quase toda minha mesada foi nessa porra!
Os rapazes riram. O primeiro acendeu o cigarro com um isqueiro, tragou fundo umas três vezes. A fumaça densa e esbranquiçada tomou o ambiente em uma dança sensual enquanto os outros garotos observavam quase fascinados.
_ Toma! Pega aí a tua porra, Beltram! – disse o mais velho passando o cigarro para o garoto que reclamara.
Mais risos. O segredo passou de mão em mão. Até que o círculo se fechou, e o último do grupo teve a sua vez. O garoto tragou fundo, sentindo a cabeça imediatamente pesada. Álcool e aquilo era uma combinação perigosa. Olhou para o primeiro rapaz; ele jogara a cabeça para trás e procurava agarrar alguma coisa que Byron (era assim que lhe chamavam) não era capaz de ver. Ele traga aquela fumaça densa uma segunda vez. Ouve sinos, pombas voando. Seus amigos tinham formas de mulher aquele que reclamara, Beltram, agora parecia uma topeira gigante, e estava lendo o New Times...
Gordon Byron era um garoto comum de 15 anos. Levava tudo até as últimas conseqüências, para desespero dos pais. Já tinha passagem na polícia por brigas de rua, embora nunca se envolvesse nelas de fato. Gostava dos ares da noite, de tudo o que era proibido. Fazia tudo o que lhe diziam para não fazer. Era pessimista ao extremo e melancólico por natureza. O rosto ainda imberbe dava-lhe um ar angelical, juntamente com o cabelo cacheado e negro. Tinha fama entre as meninas, mas não dava muita importância a elas. O amor não poderia ser tão simples, pensava. O rosto de anjo guardava a língua ferina de um demônio sem modos.
Quando os contornos das coisas desapareceram, e as cores pareciam transbordam mesclando-se umas às outras, Byron respirou fundo, seus pulmões cheios com a fumaça que tomava todo o aposento. Preparava-se para entregar-se por completo àquilo; ele não se importava com limites. “Haviam limites?”, ele pensava. Ele tragou uma terceira vez. Nas visões que lhe tomaram, ele vira sua mãe irritada com seus hábitos, mas a voz dela eram os sinos ao longe. Vira o playground em que brincava quando criança e seus brinquedos preferidos tinham estranhamente um tamanho adequado ao seu corpo de adolescente. E, de repente, todas as imagens sumiram. Byron caminhava em algum tipo de deserto, um lugar frio e nublado, sem céu. Ele sentia muita sede, tudo ali era árido, embora frio e sem sol.
_ Isso não faz sentido... – ele murmurou. Mas ninguém o ouviu. Cada um estava em seu próprio sonhar agora.
Enquanto caminhava, um grande vácuo abriu-se daquela areia infinita, e um ser gigante de asas e chifres retorcidos, uma criatura antiga feita de sombras e chamas surgiu urrando. O demônio cuspiu fogo em Byron, e ele podia sentir a pele crepidando e os próprios ossos virando cinzas. Ele olha desesperado para suas mãos, pouco antes das órbitas de seus olhos estourarem pelo calor, e só o que vê são gravetos carbonizados. Ele grita. Grita para se libertar, grita com todas as forças porque suas apologias à morte eram somente um paradoxo de seu apego apaixonado à vida. Byron não quer morrer daquele jeito. De seu corpo queimado uma luz emana e a visão se dissipa. Byron acorda, está suando frio. Ainda tem a sensação da pele ressecada e quebradiça. Ele procura afastar os efeitos da droga e olhar para as mãos. Estão trêmulas, mas nada além disso. Ele ri baixinho, um riso demente e irônico, como lhe era característico. Só então volta os olhos para a frente, deparando-se com os quatro amigos. A cena que vê queima-lhe os olhos: Os quatro corpos estão carbonizados, as feições transfiguradas em carrancas de dor e desespero. Aqueles dois que estavam mais à sua frente pareciam ter tido os corpo semi-fundidos ao concreto da parece. Tudo ali pareciater sido corrompido com alguma coisa acida e quente. O cheiro de carne humana queimada é insuportável e lhe enche as narinas junto o cheiro de erva.
Byron quer gritar, mas no impulso só consegue vomitar no chão, enquanto procura se levantar em desespero e pânico, procurando a saída. Ele sai correndo, ainda entre o sonho e a realidade, trombando nas coisas e cambaleando. O estado que experimenta é de completo terror e loucura. Ele procura a saída como se procura o fim de um sonho. Sobe as escadarias rumo ao terraço na cobertura do prédio. Abre a porta jogando o próprio corpo contra ela, caindo de joelhos no chão. Ele sente-se extremamente zonzo. Sabe que toca o chão, mas não é capaz de senti-lo. E, naquele instante, isso não importa; a dor que começa a se concentrar rapidamente entre os seus pulmões é intensa e diferente de qualquer coisa que já sentira. Byron começa a chorar, não sabe como se livrar daquilo. Ele procura gritar, mas o sangue que lhe sobe pela garganta enche-lhe a boca e só o que ele consegue é ficar parado enquanto a poça vermelha no chão só faz aumentar. O gosto doce e metálico do sangue lhe causa nojo e enjôos, e ele não controla o vômito. Não são mais do que alguns segundos. Ele se deixa cair pesadamente no chão. As roupas se encharcam com seu próprio sangue; já não se preocupa com explicações.
Com o rosto extremamente pálido virado para o céu nublado e sem nuvens, sente o corpo atordoado, mas a dor passara por completo, tão estranha e rapidamente quanto viera. Ele ficaria ali, naquela posição, por todo o sempre se lhe deixassem. Um floco de neve toca seu rosto e Byron sente os sentidos voltando. Sem saber por que razão, ele se força a abrir os olhos. Deveria tê-los mantido fechados; mesmo com o céu nublado, a luz do sol parece uma maldição. O gosto amargo em sua boca é uma tortura singela, e ele pensa que seria muito bom sentir a neve. Mas não encontra forças para abrir a boca.
Em meio a esses pensamentos fragmentados, um vulto negro surge dentre as nuvens acima dos olhos de Byron. As névoas se dissipam e o que ele vê é uma ave enorme, negra, talvez um corvo. Ela roda em círculo no céu, e a tempestade a acompanha. Byron pensa ver três olhos vermelhos quando contempla a face da criatura. “Sonho de merda..!”, ele pensa, antes de cair inconsciente.

Retorno da Longa Noite - parte I b

A figura ligeira de um jovem majestosamente trajado vira apressada em uma ruela sombria. O brilho sinistro de uma segunda lua, vermelha, banha tudo com um ar sobrenatural de desespero e ansiedade. A simples presença daquela estrela deixava o jovem monarca impaciente, embora ele não conseguisse explicar a si mesmo os motivos que o levavam a temer cada sombra. A verdade é que não haviam motivos.

O celular vibra no bolso direito da calça de camurça negra. O jovem o apanha, impassível. Do outro lado da linha, uma voz feminina já conhecida lhe informa sobre a situação atual dos Elísios.

_ Não precisa me ligar para passar informações a que já tenho acesso por mim mesmo – ele reponde, ríspido e mau-humorado. – E o que pretende fazer? Derrubar todos eles? – ele provoca desdenhoso.

A voz ainda prossegue e ele, sem paciência para meias palavras e charadas verbais, anuncia:

_ Faça seu trabalho. Eu já estou chegando.

Ele guarda o celular no mesmo bolso e apressa o passo. A situação chegara a um ponto crítico que ele não esperava. Mas ele confiava em seu próprio poder para contê-la. Apenas não esperava que seria realmente necessário fazê-lo.

De uma das sacadas daquela ruela mal iluminada, salta uma figura em trajes claros. O jovem, que saltara bem ao lado do Príncipe, põe-se a caminhar a seu lado, silenciosamente. Com ares de forasteiro e poucos amigos, o acompanhante guarda um par de óculos escuros no sobretudo claro. Ele está desarmado, exceto pelo machado de metal acastanhado que leva declaradamente na mão.

Nenhum dos dois diz coisa alguma. Apenas seguem para o destino comum.

Retorno da Longa Noite - parte I a

Sombras engatinhavam nos limites da câmara; há trevas densas na noite fora da casa. Somente uma parte do chão de pedra era visível com aquela luz fosca, uma superfície coberta com manchas marrons. Moscas e vespas se arrastavam nas paredes e sobre o chão, agindo em conjunto sobre o sangue seco. Suas asas batiam incessantemente no espaço calmo e silencioso do ambiente. Apenas aguardando.
Parado, com uma lanterna na mão, o menino se lembrava de tempos remotos e longínquos. Sobre ele, Mateo estava enforcado com uma grossa corrente presa ao teto; intrincadas costuras cobriam seu corpo nu. Mateo já não tinha pernas nem braços definidos, era como um grande casulo humano. Mateo gritava, como ele gritara noite após noite, mas os sons não saíam por sua garganta seca. Suas orelhas foram arrancadas e lançadas no óleo em chamas. Contudo, o garoto havia colocado um tampão em cada ouvido e Mateo, agora, passava seu tempo ouvindo os segredos que uma mosca lhe contava. Outra mosca o ignorava e andava sobre sua cera de ouvido.
O menino observava impassível como Mateo vomitava quando sufocado. Uma vespa voava sobre uma oleosa mistura de saliva e sangue que escorria de seus lábios rachados. Muito mais se seguiu depois disso. Mateo não viveria muito mais, mesmo se as moscas saíssem de sua garganta. Seu pescoço estava inchado e seus olhos esbugalhados em um pânico mudo. Ele se contorceu na corrente como um peixe fisgado, se retorcendo em agonia, como o inseto que rasgava-lhe e pele e começava a sair de dentro dele.
O menino acenou com a cabeça, em aprovação, e se foi. O enxame emergiria da crisálida desse humano sem sua ajuda, e a criança precisava vigiar outros hospedeiros mortais durante esse tempo, a temporada de armazenamento.
Era hora de despertar para as trevas.

Recado para Maira

Aguardo ficha de Ágata.
Sim, ela pode gritar quando ver Alichino destruído; sim, ela pode gritar declarando que irá se vingar; sim, os gritos dela ecoarão pelos prédios atingindo uma super-ultra-hiper-extra-mega-plus distância cósmica semi-fenomenal; sim, você pode inventar Melpominee de níveis 7 e 8, desde que sob minha supervisão; não, o grito dela não funciona como uivo garou e não existe uma Tribo Filhas da Cacofonia na cadeia de montanhas...! ¬¬ NÃÀÀÀÀOOOO! Ò______Ó Você não pode criar essa tal Tribo bizonha e ser a Filha Alfa da Matilha. Até porquê, eu prefiro nem pensar na tua forma Crinos...
-___-~* -meeedooonhooooo-
...
Desculpe qualquer coisa.

Recado para Victor

Cadê Lucius, meu caro?!
Tu precisa aparecer! Não sabia que jogos on-line deterioram a sua visão e amolecem a tua massa cerebral? Além disso, esse jogos fazem parte de um grande e diabólico plano Tecnocrata de extermínio de raças inferiores e dominação inter-mundial. Melhor você deixar esses templários/assassinos/magos/bardos/odaliscas de lado e voltar para o R.P.G. Ù_U
Os Baali estão atacando!! Qual é? Tu não vai fazer nada??! Ò___Ó Que @#$%^&*!!

Recado para Alan

ALLLLAAAaaaaAAAaaAANNNnnnNNNn!!!!! O_______________O
Primeiro, espero que tu esteja melhor! ^__^ Se não estiver, sinal de que não verá isso... Mas não tema!!! Ò_Ó Nós iremos até você!!! ThunderCats!! WOOOO!!!! Ò___Ó Sóh! ¬¬ Seguinte, o recado é rápido. Abel enviou um espírito inferior (um capetinha baixinho e mal-humorado) até Túlio, com a seguinte mensagem: “Faça o que tiver de fazer imediatamente”.
O infeliz ainda te pediu uma moeda pelo serviço antes de se retirar. Ù.u É opcional teu dar a moeda, ok? He he he!! ^____^

Comentários

Atenção, ferrenhos vampirinhos matadores de lobinhos indefesos (como vocês são maus! ¬¬ *olhar de reprova moral).


Eu tenho muita coisa para falar, então não vou me preocupar em perder tempo com a estética do texto como é de meu costume, ok? Dessa vez eu vou apenas “jogar” as palavras... Então não liguem se um parágrafo não tiver nada a ver com o outro. -____-“


Então? Abel, Júlia e Bebel... Gostaram de ser emboscados? XD


Aquilo foi um pouco maldoso... Mas vocês têm de admitir que eu fui boazinha por vocês ainda estarem de pé. Ù.u Ai, ai...


Balanço da Camarilla até agora:
● restam 27 dos 50 iniciais (isso excluindo da conta a Primigênie e contando com os PJ de vocês)

Balanço do Sabá:
● restam 4 dos 6 iniciais.

Balanço dos Anarquistas:
● restam 12 dos 12 iniciais. >:D

Balanço dos Independentes:
● restam 8 dos 15 iniciais.

Clã Tremere: intacto.

Comunidade hermética: intacta.

Situação da Matilha Fianna: restam 50 e poucos (e aumentando) para cerca de 80 iniciais.



Aqueles dentre vocês (Abel, Júlia, Victor, Céu... Céu não mais ¬¬) que possuam Ferimento Permanente, começam TODAS as noites com os Níveis de Vitalidade no Ferido, sendo necessário 3 Pontos de Sangue para ficarem completamente saudáveis novamente. Espero que não se esqueçam disso... Aliás, esse aviso é por causa da situação atual de vocês também... Se forem dormir com a Vitalidade em Aleijado, por exemplo, vão acordar em Torpor!! Há há há!! Ou seja, se em uma noite qualquer não fizerem nada para curar a perda de sangue de Ferimento Permanente, na noite seguinte acordam em Espancado e em quatro noites estão em Torpor.

Volto a lembrá-los que sangue mortal não os alimenta como deveria...


Júlia e Annabell, o sangue que vocês têm na residência é especial e as alimenta de forma adequada. Contudo, ele se esgotará se vocês não o repuserem de alguma forma... Annabell, você ainda tem 5 Pontos de Sangue em sua reserva, Júlia está com 36, calculando o que a personagem já deve ter tomado até agora. Também lembro para tomar cuidado, uma vez que você não mora sozinha...


Aí, meninos e meninas, entrem no blog do Pepe para verem a terceira parte do Background de Miguel. Se mais alguém montou algo parecido, avise-me, por favor. Eu quero linkar! Aliás, só para dar um toque a todos vocês, mas mais especialmente no Pepe... He he he!!! ^^ Devido ao teu lindo background e às tuas boas interpretações (vocês devem admitir, junto com o Közi, Miguel é o um dos melhores intérpretes do grupo...) e blá blá blá, eu decidi como vou fazer com que Miguel descubra sobre o seu Caçado. U_U Os resultados disso, na parte boa, são que seu Desperto vai para 5, e todas as tuas Esferas ganham +1, no limite de 4. Muito provavelmente eu te dê Arete 5, mas isso vai depender do teu desempenho até lá.

Pescaldo: *______________* Woo!! ‘Tô podendo!
Grupo: Ò____________________Ó Maaaaataaaaaa o Meeeesssstrrrreeeee!!!!!
Mestre: AaHh!!! o______O *foge para a Mestrolândia*


Calma, gente. ¬¬ Olha, pensem pelo lado bom, eu estou avisando antes. Melhor vocês serem espertinhos...


Pepe, isso não é uma piada. Eu andei pensando no caso de Miguel ser guiado por Fenris, no tipo de Despertar que você mesmo descreveu (e foi bem poderoso, non? ¬¬) e cheguei a essa conclusão/idéia. O porquê disso acontecer e que ligação terá com o teu Caçado, isso você vê na hora. ^.^ PORÉM, é óbvio que tudo cobra seu preço... Afinal, eu nem sou tão boazinha assim... ¬¬


Ah! O_O Só mais uma coisa: Miguel está com 10 pontos de Paradoxo acumulados desde o início da noite. Até agora...

Presença vs. Mente

Uma observação que eu gostaria de fazer sobre essa lendária discussão sobre Mente vs. Presença.
Sei que já combinamos (Pescaldo, John e eu) uma regra ocasional para quando esses poderes forem usados, e eu manterei essa regra até o final da crônica. Contudo, gostaria de transmitir minhas novas “descobertas”: não há nenhum livro com um capítulo especial chamado “O que fazer quando o Toreador bonitão usa Presença contra o Mago espertinho”, mas, todavia, contudo, no entanto, eu (e o Conselho Mago-Tremere) andamos pensando/discutindo/pesquisando, e a conclusão a que chegamos, baseada nos livros e não em meras especulações/interpretações, é de que Presença NÃO afeta a mente. Além disso, o efeito de Presença é instantâneo; não há uma brecha de tempo para o alvo pensar “Oh, acho que está acontecendo algo estranho!”, o que anula as chances de revida, uma vez que, quando pensar em pensar em algo, o alvo JÁ estará sob os efeitos da Disciplina.
O funcionamento da Disciplina de Presença atingi diretamente a psique do alvo, ignorando o cérebro. Presença é estritamente psico-emocional, nenhum nível elevado de Dominação poderia barrá-la. Níveis elevados de Auspícios ou Animalismo poderiam amenizar seus efeitos, mas nunca empregados pela própria vítima; seria necessário que um terceiro intervisse. Dentre os vampiros, as Disciplinas que concorreriam com Presença seriam Obeah e Valeren, por igualmente afetarem diretamente o psico-emocional. Nem mesmo Quimerismo 8 barraria os efeitos de Presença 8.
Em outras palavras, simplesmente não há correspondente em Esferas para bloquear os efeitos de Presença elevada (se alguém quiser argumentar, sou toda ouvidos). Ela é a única Disciplina/Dom/Esfera que afeta o alvo dessa forma. Então, se eu tivesse tido certas informações no começo do jogo, Presença 8 seria, sim, irresistível. SE houvesse algo próximo de conter seus efeitos dentro das regras de Mago, penso que seria a Esfera Espírito juntamente com Esfera Mente (ambas com níveis maior que 3), combada com uma Força de Vontade alta e merits adicionais, como Vontade de Ferro e/ou similares. Ou seja, a pessoa teria de ser realmente “forte” mental, espiritual e socialmente para conseguir se libertar dos efeitos desse encanto.

Contra-Mágicas

Esta é minha palavra final sobre quais efeitos mágicos podem ser anulados e quais não podem. Essa conclusão eu baseio em alguns comentários soltos dos livros Tremere e dos suplementos de Mago (vejam bem, “comentários soltos”, já que não encontrei nada consistente que falasse a respeito), algumas discussões com Frejat e Pescaldo, sendo jogadores com personagens que se utilizam desses recursos e, por fim, eu acabei recorrendo àqueles que disponho de contato e que, ao meu ver, têm mais conhecimento sobre Magia e Taumaturgia do que eu. A última discussão entre Linus, Réggis e eu acabou chegando à essa conclusão, e eu estou tomando-a como regra a partir de agora.
Terão possibilidade de serem anuladas as mágicas em andamento (como Rituais ou efeitos ativos de Taumaturgia) e as mágicas que mantenham a magia propriamente dita retida, como Fetiches (de garous, magos ou Tremere). As únicas formas de mágica que não podem ser anuladas são as de efeito concluído, sobre os quais a própria magia já os tenha deixado, de forma que, agora, eles sejam parte da Realidade.
Exemplos:
● Miguel cria uma magia qualquer, seja mental, social, física ou espiritual. Uma vez que tenha pleno conhecimento do funcionamento da mágica, um Tremere pode, sim, anulá-la. Vejam bem, não é necessário um conhecimento sobre as Esferas de magos propriamente ditas; basta que conheça o funcionamento da mágica ou, em mágicas menores, seus efeitos.
● Infelizmente para os Tremere, basta que um mago saiba que a mágica está sendo feita e onde ela está para que a anule. Ele não precisa de nenhum tipo de conhecimento taumatúrgico nem tampouco saber sobre seu funcionamento. A Taumaturgia é uma extensão da Magica, sendo facilmente anulada por esta.
● Miguel cria um escudo mágico reflexivo, que joga de volta qualquer coisa que o vise como alvo. Abel usando Perdo Magica para anular o escudo é incapaz de fazê-lo, uma vez que a mágica de Miguel irá refletir a magia de anulação de volta. Da mesma forma, Abel ativando um escudo de mesmo efeito, só que se utilizando de Perdo Magica, é imune aos ataques mágicos de Miguel, pelo mesmo processo de raciocínio anterior.
● Miguel usa um efeito de Petrificar em Annabell. Abel aparece e usa Perdo Mágica. O efeito é quebrado e Annabell volta ao normal. Isso é possível pois a mágica de Miguel ainda estava presente, podendo ser anulada.
● Miguel usa um efeito de Vire Pedra em Annabell. Abel pode tentar o quanto quiser, mas ninguém será capaz de reverter o efeito; talvez, nem o próprio Miguel. Isso por que, ao contrário do efeito anterior, Annabell não foi petrificada, sua matéria foi convertida alquimicamente em outra. Sua consciência permanece tragicamente na estátua, mas a mágica já foi concluída. Em outras palavras, uma vez que esse tipo de efeito se conclua, não há necessidade da permanência da magia. Então a magia se dissipa e aquela estátua, agora, É uma simples estátua. Faz parte do real e assim deve ser afetado como tal. Perdo Magica e contra-mágica não a afetam, pois não há mágica a ser anulada. A estátua está, contudo, sujeita a outros efeitos mágicos...
● Em contraponto, Tremere também são capazes de mágicas conclusas. Se Lawrence usa o nível 4 de Trilha Espiritual para criar um Fetiche, e Miguel aciona contra-mágica no objeto, a magia se quebra e o espírito aprisionado é liberto. Isso porque a mágica de Lawrence deveria estar presente para manter o espírito preso. Porém, se Lawrence se utiliza do nível 1 da mesma Trilha e joga um Mau-Olhado em Miguel, assim que o teste é feito e os sucessos são obtidos, a mágica é concluída e impossível de ser anulada, uma vez que a magia de Lawrence não é mais necessária para os espíritos atrapalhem as ações de Miguel (isso funciona meio como Entropia...). O que não impede Miguel de usar Entropia e ganhar sorte, equilibrando os efeito. Como podem ver, magias conclusas como a Vire Pedra e Mau-Olhado não podem ser anuladas depois de feitas, mas seus efeitos podem ser equilibrados ou completamente contidos através do uso de novas magias.
Não sei se o texto e esses exemplos ficaram inteligíveis... Então, se eu compliquei com alguma coisa, estou aberta a esclarecimentos. \ o_O /
Conclusões:
● Campos criados puramente com magias de anulação são impossíveis de serem quebrados, uma vez que a contra-mágica será anulada assim que “tocar” o campo. No entanto, isso não impede que, mesmo remotamente, outras magias mais poderosas possam sobrepor seus efeitos...
PS.: Sim, um mago mediano pode transpor o campo mágico criado por um Tremere; e não, um Tremere ancião não tem capacidade para sobrepor um campo mágico hermético, embora fosse necessário um mago de Arete 5 ou 6 para criar um campo mágico nas proporções do que um Tremere de 10ª criaria... Para transpor o campo de um mago mediano, Arete 3 ou 4, seria preciso, no MÍNIMO, um Matusalém de 2.000 anos. Ou seja, essa coisa de campo mágica, por lógica, funciona muito melhor com Tremere. Não estou a fim de prolongar o assunto e discursar isso aqui, mas o Conselho Mago-Tremere discutiu e essa foi a conclusão a que chegamos. Se alguém quiser averiguar algo, eu me coloco a disposição para argumentar pessoalmente.
● Qualquer tipo de magia, seja de mago ou de Tremere, não podem anular Disciplinas não-mágicas, como Presença, Dominação, Potência, Vicissitude e blá blá blá. No caso de um mago sendo alvo de Dominação ou Presença, mesmo quando a regra dessas tiram do alvo o direito de resistir, este ganhará direito a um teste somente no caso de possuir Esfera Mente igual ou maior do que 3. E, ainda assim, a dificuldade será alta e permitirá que os efeitos das Disciplinas sejam temporariamente evitados, e não completamente anulados. Então, maguinhos, é melhor não abusar da sorte...

Anatomia Vampírica

● Vampiros só morrem quando incinerados totalmente ou por exposição à luz solar.
○ Estacas apenas imobilizam;
○ Outros ferimentos causados por metal ou balas comuns curam-se rapidamente;
○ Decepar a cabeça de um vampiro ainda não o destrói, e este pode regenerar-se se a cabeça e o corpo forem novamente ligados (na verdade, basta aproximar uma parte da outra e ambas se juntarão misticamente).
● Durante o dia, os vampiros estão em um estado letárgico, sendo incapazes de qualquer outra coisa além de dormir.
○ Apenas os recém-criados tem capacidade de manterem-se acordados durante o dia e executar algumas ações;
○ Quanto mais velho o vampiro e/ou mais baixa sua Humanidade, mais tempo ele dorme e mais letárgico é o estado em que se encontra.
● Crucifixos, água benta e outros símbolos religiosos devem ser ignorados; vampiros podem atravessar água corrente.
○ Os personagens que comprem os Flaws Repelido por Cruzes, Repulsa por Alho, Incapacidade de Atravessar Água Corrente e outros similares, estão, no entanto, propensos a interpretarem as desvantagens das lendas e mitos.
○ Vampiros não respiram, logo não podem ser afogados.
○ Personagens com Fé Verdadeira ainda afetam os morto-vivos de acordo com as regras. Quanto menor a Humanidade do Vampiro, mas sensível estará a essas manifestações.
○ Exceções a isso são personagens membros do clã Baali.
● É possível curar os ferimentos feitos por garras e presas vampíricas apenas lambendo o ferimento.
○ Com o detalhe que um indivíduo só pode curar assim os ferimentos infligidos por suas próprias presas e/ou garras;
○ Ferimentos feitos com outros instrumentos, como armas, ou por outros indivíduos, não podem ser curados dessa forma.
● O corpo após o Abraço.
○ Cabelos e unhas continuam a crescer, como com qualquer cadáver. No entanto, não crescem além do comprimento de quando o Vampiro foi transformado.
○ Os pulmões não funcionam mais (nem são necessários), embora seja perfeitamente possível simular a respiração. O sangue fresco da vítima fornece a pequena quantidade de oxigênio necessária para alimentar os tecidos mortos.
○ O coração de um vampiro não bate. O sangue se espalha pelo corpo através de um processo de osmose, ao invés de fluir pelas veias.
○ O sangue recém tomado permite ao Vampiro fazer seu coração bater, mas isso não lhe dá nenhum tipo de benefício, sendo apenas um truque. A pele também se torna levemente rosada devido ao sangue novo.
○ Assim sendo, a questão da paralisia causada pela estaca é mística e inexplicável racionalmente, de acordo com o próprio livro Vampiro: Guia do Mestre.
Eu, particularmente, acho essas colocações meio... bizarras e sem-noção, e preferiria aplicar as regras baseadas na literatura da Anne Rice. Contudo, acho também que, tendo em vista que só 205 do grupo já leu algo à respeito, as regras de Vampiro são mais viáveis.
● Uma última questão permanece in re corporis – uma questão um tanto lúbrica, que procurarei responder com o máximo de delicadeza possível. Embora o ato do amor seja fisicamente possível para um Vampiro de qualquer sexo, os impulsos associados, motivações e reações morreram juntamente com a carne – que, a propósito, é fria ao toque. Pela força de vontade é possível obrigar o sangue a percorrer o corpo até as áreas relevantes, da mesma forma como se curam os ferimentos, mas isso é tudo. O êxtase do Abraço substitui todas as necessidades do íntimo. O único objeto de desejo que lhes resta é o sangue.

23 abril, 2006

Comentários...

Queria dizer que apreciei muito a sessão de ontem.

Penso que vocês estão se tornando mais criativos e estrategistas. Só falta controlar as emoções para não deixar o persongem perdido quando pêgo de surpresa. Aliás, aquele Certame em miniatura de ontem, eu até pensei de fazer a minha visão prevalecer, mas a verdade é que eu acho MUITO divertido ver vocês discutirem! ^___^ Há há há!! E foi proveitoso, ao meu ver.

______

Bom, meu balanço até então:

Annabell está em torpor.

Abel é uma espécie de areia dormente; se voltar à forma natural, volta a dormir. O mesmo que a Céu, agora Abel é apenas subconsciente.

Júlia está cercada por seis garous. Mas a menina é persistente. Acho que dá um páreo interessante e... e ela grita alto. He he he!!! ^___^

Metade da sociedade cainita da cidade já foi eliminada... Com isso vocês podem contar.

Woo~!! Isso está ficando interessante. Quero ver como vão agir daqui para a frente.

_______

R.P.G. na biblioteca, às 18h. Vamos começar antes que eu tenho muuuuito o que resolver.

Sobre a cena de Abel e Miguel no reino onírico, eu vou verificar isso no Aparição: O Limbo, e passarei as regras antes de vocês começarem. E é isso. ^___^ Se alguém vir o Victor, a Maira e/ou o Barufe, passem o recado, ok?

22 abril, 2006

R.P.G

Minhas crianças,

Podemos jogar hoje? o_O Tipo, hoje E amanhã? He he he!! Se houver problemas para alguém, é só me avisar (mesmo que já esteja meio que em cima da hora... ¬¬").

Bom, jogo hoje, na biblioteca, 18h30, horário de sempre.

Vou pedir para aqueles que virem esse recado, por favor, comuniquem os outros...

Hm... E é só.


PS.: Avisarei sobre isso apenas uma vez: não menosprezem meus garous dessa vez; eu descobri umas "coisas" novas... ho ho ho!! ^___^

17 abril, 2006

Alguns probleminhas...

Ai, ai...


Sinto muito pelo clima parado dessas três últimas sessões de jogo. Eu não tenho estado muito bem para mestrar. Não no sentido psico-emocional, mas no físico mesmo. Tenho que parar de ler antes dos jogos e dormir mais, pois esses hábitos me deixam meio cansada e eu me concentro bem menos do que o normal (o que já é pouco...).

De qualquer forma, vou guardar essa semana, comer menos bobagens e dormir mais! Ò_Ó E não vou ler Blanchot nem Nietzsche!! (pelo menos essa semana... depois disso é outra história... ¬¬).


Bom, alguns avisos, ok?

Começando sobre a perda de personagens.


Vocês podem entrar com um segundo personagem, e apenas com um segundo. Caso esse também se perca, o jogador está fora da crônica. E isso é sério. Fim da linha. Morreu uma segunda vez, está convidado a participar de todas as sessões, mas como ouvinte-espectador. Não vai jogar mais! (sim, vocês podem fazer torcida organizada... ou desorganizada). Por quê? Pô, cara! ¬¬ Primeiro porque a população de minha Florença cresce em total descontrole, segundo porque é realmente complicado ficar encaixando personagens novos no meio da história, neh?

Essa é a minha palavra e eu sinto muito, mas vocês só vão voltar do pós-túmulo uma vez!

Outro detalhe, não quero personagens “novos”. Já tem muito personagem aqui1, e é um pouco “pesado” para mim lidar com 10 PJ’s e 37 NPC’s (dos quais 15 fazem parte do “pacote” Aliados/Contatos/Passado Obscuro dos personagens de vocês... -__-“ he he!). Por tanto, meninos e meninas (e seres divinizados de múltiplos sexos), se perderem o personagem, voltarão com um dos Aliados/Contatos que colocaram na trama. No máximo, jogam com o fantasma do personagem (caso a alma desse já não tenha encontrado um fim... há há!).

Assim, as opções, só para constar, são:

Pescaldo: Miguel Morientes (Aparição de Miguel, Diogo, ou algum outro daqueles magos que fazem parte do teu background, mas que tenha poder equivalente ou menor que o de Miguel...2)

Alan: Túlio Antares (Aparição do Túlio3, Apeiron Phobbos)

Victor: Lucius Mezzani (Aparição do Lucius, Toreador boiola5, e poderia ser a Ravnos, mas eu transformei a cabeça dela em uma mancha vermelha na parede dos Elísios noite passada...)

Jwen: Közi Couragem (Aparição do Közi, Sebastian, Gwendolen, Sophia Báthory)

John: Júlia Delacroix (Aparição da Júlia, Joel alguma-coisa; Cassius Delacroix, Etienne Yokohama)

Maira: Lilith de Tal (Aparição da Lilith, Agatha blá-blá-blá)

Céu: Symon Dylan (Aparição do Symon, Gangrel não-sei-o-nome, Ravnos não-sei-o-nome, Gárgula da Silva Sauro, e poderia ser o Companheiro Lupino, se ele já não estivesse morto...)4

Chibiko: Raziel (Aparição do Raziel, Gangrel não-sei-o-nome, Ravnos não-sei-o-nome, Gárgula da Silva Sauro)

Lu: Annabell Lee (Aparição da Annabell6, Gerard)

Frejat: Abel Eliade (Aparição do Abel)


No caso do Frejat, do Lu e da Jwen, vocês são os únicos que não me trouxeram Aliados ou coisa parecida. Então, no caso de vocês três (e apenas os três! ¬¬), podem aparecer com um personagem novo, desde que me convençam... Ok?


A outra coisa que eu queria comentar é sobre os garous. Não é segredo que a minha preferência recai sempre sobre os vampiros e que eu considere que um vampiro ancião seja páreo com um garou. Mas, vejam bem: um vampiro ANCIÃO contra um garou de posto II ou III, no máximo. Para derrubar um ponto IV ou V, acho que seria necessário, no mínimo, um Matusalém... Bom, isso não diz muito respeito a vocês, é mais uns pensamentos soltos de minha parte. Mas é que eu fico pensando depois do jogo, repassando as cenas na cabeça mentalmente, e... acho MESMO que esses meus garous estejam caindo muito fácil. -___-“ Contudo, mesmo repassando as cenas depois, não consigo pensar no quê um garou de posto seja lá o quê possa fazer contra Rapidez 8 ou mais... Tipo, eu sou “obrigada” a dar as ações ao vampiro com esse poder, não? o_O E aí o coitado do meu lobinho já está esquartejado!! @#$%^&*!!!! ¬¬ Outra, um vampiro com Potência 8 possui 8 sucessos automáticos de pancada, mais o teste de Força. Sei que garou se curam com mais rapidez e possuem um vigor e resistência superiores, mas, se o coitado toma 10 agravado de uma só vez, ele morre direto, certo? Afinal, eles possuem 7 níveis de Vitalidade...

Ah... *suspiro* Ú.u Tenho certeza de que não estou aplicando a regra de danos errada (estou? o.O Acho que não...) É só que dá até um aperto ver o meu lobinho tombando sem chances de revida... Mas eu não encontro saída contra essas duas Disciplinas, Rapidez e Potência.

O quê? O que eu pretendo fazer quanto a isso? o_O *sorriso* ¬_____¬ Falar com o Koti, óbvio. ^___^ Há. Há. Aguardem! Ò_____Ó


__________


1 Não que eu esteja reclamando do fato em si, pelo contrário: gosto do grupo grande. Mais gente jogando torna a história mais interessante, do meu ponto de vista. Os jogadores (vocês) se dedicam mais devido ao olhar dos outros. E eu gosto de ter todo mundo reunido...

2 Não, tu não pode jogar com Chuck Norris... ¬¬

3 Que seria realmente uma Aparição poderosa! Correto?! O_O He he he!!!

4 No teu caso, Céu, se Symon morre novamente, não tem mais volta...

5 Ao meu ver, daria um personagem muito “interessante”... ¬___¬ E isso não foi uma piada!

6 Woo~!

__________


PS. to Maira: A pergunta foi respondida? ^^

PS. to Pescaldo: Esteja atento, Janissário!! Ò__Ó Hwa hwa hwa!!! Ah, sim! Teu pipi volta ao normal na próxima noite, assim que você acordar! Há há!!!

PS. para todos: Vampirinhos, vampirinhos... só para lembrá-los, eu tenho um controle do sangue que vocês perdem e recuperam. Inclusive daqueles que possuem estoque de vitae em casa. Apenas gostaria de lembrá-los que nada dura para sempre e, qualquer um com mais de 500 anos não se sente suficientemente alimentado com sangue mortal... Estejam atentos a isso, sim?

Ah! E não plagiem essa informação!!!! ^_____^ Ho ho ho ho ho ho!!!!!


14 abril, 2006

Recados sobre os recados



Meus travessos querubins renascentistas...


Vamos ver.


Parte do R.P.G. para sábado, no níver do Frejat; se não tiver problema para ti, Fre. Tem? O_O (não se esqueçam de levar os ovos... U.u hwa hwa hwa!!!). Jogaremos também no domingo, na biblioteca, às 18h, terminando lá pelas 21:30. Está bem assim?

Uma atenção especial para isto aqui: Frejat, a casa é tua, o níver é teu, então tu é quem decide o horário. Vou deixar por tua conta. Poste um comentário aqui no blog avisando do horário que devemos ir para lá, ok? E vocês, crianças felizes, mantenham-se atentas ao horário que o Frejat marcar, sim? Bons meninos.

_____________________

Recados sobre os recados:

John: Que feio! Chantagem emocional é golpe baixo... Ù_U Isso é coisa de raposa, elas são os youkais traiçoeiros. Você tem de ser nobre e sincero como a lua cheia! Ò_Ó Lembra? Acho que um tigrinho é mais a tua cara.

Será que nós três nos confundimos com o teu augúrio? o_O

Oh, mon dieu! He he he!! ^_^

Relaxa. Eu não tenho como seguir as cenas sem a Júlia, por isso não jogaremos hoje. NO ENTANTO, eu ia seguir com o jogo com ou sem Júlia, se não fosse a situação... ¬¬


Frejat: Oh! Interessante, interessante... Ondulados e na altura dos ombros, certo? Muito bom... Eu preciso de informações sobre a tua espada também... mas isso vemos depois, ok? Eu terei de fazer um rascunho, então é melhor que tu esteja por perto. He he he!! ^_^ Eu comecei as ilustrações para o “livro”, por isso estou pedindo os dados. Conforme forem ficando prontas, vou postar para ilustrar o blog também!! ^__^/


Alan: Eu escolhi o Gamo Branco porque me afeiçôo mais com ele, embora o totem mais tradicional dos Fiannas seja mesmo um Auroque (pelo que li), ou seja, um gamo, um cervo, um veado, o Bambi... ¬¬


Informações adicionais de por quê eu escolhi esse totem: A espécie de cervo selvagem conhecida como “grande cervo” foi extinta na década de 30 (se não me confundi com as datas), por causa da caça visando seus chifres. Caçava-se em especial os machos, o que, em pouco tempo, impossibilitou a reprodução da espécie. O Cervo Branco dos pagãos faz referência a esse animal, de porte majestoso (cerca do dobro do tamanho de um cervo comum) e pelagem mais clara. O lendário Gamo Branco (a divindade, não o bicho) é tido como protetor-mor dos bosques e florestas; é o senhor de todas as criaturas do campo, como duendes, fadas e kodomas. Além disso, é símbolo da fertilidade masculina, da abundância e da devoção à Mãe-Terra; no caso dos garous, acho que o termo é Gaia, correto? Além disso, é mais associado ao espírito dos bardos que ao dos guerreiros, e foi por essa característica, em especial, que achei que ele caberia melhor aos Fiannas. ^__^

____________

PS.: Ao contrário dos querubins do barroco, os querubins renascentistas eram retratados peladinhos... ¬.¬ ~♪



13 abril, 2006

Blá blá blá...

Meninos, meninas e seres divinizados de dois (ou mais...¬¬) sexos.


Hoje é uma trágica quinta-feira 13. Dia sem graça e sem valor. Ai, ai... -__- ~* Mas, então... estão a fim de jogo? o_O He he he!!! Quero a opinião de vocês, não sei se seguem algum tipo de calendário religioso nessa época...

Eu sou pagã!!! Ò____Ó Há há há há!!! Mirtz liban!! Ho ho ho!!!

Manifestem-se, por favor, caso queiram jogar entre hoje e amanhã. Do contrário, jogamos como de costume, no final de semana.

Frejat!!! ^_____^

Ho ho ho!!! Preciso saber se tu pretende jogar no teu níver também, para decidir se eu tenho de levar livros, fichas e afins. Não me façam carregar esse farto imortal à toa. ¬¬ Vocês não conhecem a minha ira!! Ò____Ó E eu mordo!! >=D

Recados para Lu e Frejat: última revisão de suas meta-disciplinas em suas respectivas caixas-postais. Ù_Ú

_______

Jwen: Follow the night light!!!

Frejat: O cabelo de Abel é comprido? o_O Eu me lembro que era meio ondulado e ia mais ou menos até os ombros... Era isso, neh? Ele tem franja?

John: Já falei com Kokoti. Estou com a "coisa" que Sun te mandou; a carta chega depois. Por favor, me desculpe e seja um pouco paciente, sim? T___T *irresponsável sem memória*

Pescaldo: Saquei o lance dos “familiares”... -___-“ Eu sou uma lerda lesada!! (não concordem, por gentileza... ¬¬ Se concordarem perdem Pontos de Experiência!! Ò__ó) É igual aqueles capetinhas do Castlevania, correto? Nha... Tipo, posso transformar seus dois filhos em familiares... Que tal? ^___^ He he he!!!

12 abril, 2006

Corpo e Sangue - parte XII

08 de janeiro – Ano 201 d.v.C.
Cadeia de montanhas – arredores de Florença


Nos tempos em que Abel escavou a montanha para construir a fortaleza onde eu e Túlio moraríamos, ele encontrou uma caixa enterrada.

Era uma caixinha-de-música, e Túlio ficou feliz ao vê-la. Quando Abel lhe deu a caixa, Túlio sorriu uma das poucas vezes de que eu tenha lembrança. Então, esse era o motivo pelo qual ele desejara a fortaleza naquele lugar. Justamente ali; eu me incomodava muito com a proximidade de uma tribo Fianna na região.

Túlio sabia o que era aquela caixinha, ele sabia que deveria encontrá-la.

Túlio brincou com aquela caixa por alguns dias. Ele a consertou, e ela só estava um pouco suja e empoeirada.

Isso foi há trinta anos...

♣ ♣ ♣ ♣ ♣

Na noite anterior ao encontro com os Tremere, Túlio ouviu o chamado daquele Fianna. Sabia que a tribo iria atacar, e sabia que seria na noite seguinte.

Há muito tempo, ele guardara a caixinha-de-música em algum lugar que ignoro, e nunca mais falou dela. Quando eu tocava no assunto, ele respondia apenas que estava esperando...

Quando vi que ele estava com a caixa nas mãos, percebi que o momento havia chegado.

A questão era: o momento de quê?

Túlio sentou em sua sala de meditação com a caixinha no colo. Iria desprender seu espírito do corpo e voar para algum lugar, como era de costume quando colocava-se daquela maneiro. Mas não foi o que aconteceu. Seu corpo tornou-se translúcido e seu espírito tornou-se material enquanto separava-se do corpo. Um paradoxo espiritual, ao algo do tipo. Haviam dois Túlios agora: um meditando e um avatar brilhante e esvoaçante, que segurava a caixinha nas mãos.

Ele levitou e a caixa tornou-se imaterial enquanto atravessava as grossas paredes de nosso forte tão habilmente construído.

O que sei é apenas o que ele me permitiu ver depois.

Túlio vagou pela floresta, em direção à tribo dos Fiannas. Os garous estavam agitados. Preparavam armas, rezavam; tudo debaixo de uma fina e fria chuva convidada. O vento carregava canções e juras de vingança e maldição para a raça vampírica. A nossa raça. Túlio esperou que tudo se acalmasse, esperou pelo silêncio que precede os trovões. Até que aquele que esperava adormecesse, embora este lutasse contra isso também. E, pouco antes que o sol nascesse, em um momento em que a guarda do garou contra os espíritos do sono se abaixou, Túlio o encontrou finalmente.

_ Verme...! Como se atreve a adentrar os domínios de meus antepassados?!

_ Venho trazer meus pêsames pela morte dos seus.

_ Como ousa! Vocês mataram meus irmãos... Dois deles, meus filhos! Não haverá piedade!

Nesse momento, Túlio estendeu as mãos, entregando a caixinha que guardara por tanto tempo ao ruivo à sua frente.

_ Isso não impede que entre nós haja compaixão.

A caixinha-de-música pertencera à avó daquele homem que, ao que parecia, tinha uma posição respeitadíssima dentro da matilha. Quando a anciã morrera, a caixa fora roubada e perdida naquelas colinas. Um brinquedo fútil e bobo, mas cheio de significados.

_ Isso pertencera a minha avó! – exclamou entre dentes o ruivo, com visível surpresa – Onde a encontrou?

_ Achei que deveria devolver.

O homem-lobo olhava confuso para o menino luminoso que flutuava à frente. Apenas agora reparara que tratava-se de uma criança. Mas não poderia se deixar levar por isso. “Vampiros não têm idade, e muitos rostos infantis escondem o mais amargo dos corações”, ele pensou. Disse em seguida:

_ Peço que pare com esse jogo. Somos inimigos...

Túlio entristeceu, o que foi sentido pelo Fianna.

_ Isso não impede que, entre nós, haja respeito. – foi a resposta baixa de Túlio, enquanto voltava para casa.

O guerreiro Fianna despertou com um sobressalto, sentia uma presença ao seu redor. Não perdoava-se por ter cochilado. “Talvez o Gamo Branco já tenha vindo...!”, ele pensou preocupado com a desonra que aquilo poderia significar. Assim, demorou um pouco para perceber que a caixinha com que sonhara estava a se molhar enquanto ele a segurava sem se dar conta...


Penso nisso agora, e não posso negar a atitude digna de Túlio. Mas, se não fosse um dos malkavians, diria estar louco.


Apeiron Phobbos
Ancião Toreador

06 abril, 2006

R.P.G. e outras firulas

Atenção, vampirinhos, magos e membros do Partido Republicano.

Eu tenho alguns recados específicos.

Abel: o encontro entre os Tremere e Túlio foi marcado para meia-noite. Você deve, portanto, estar no palazzo de Medicci às 23h. Nesse meio tempo, contudo, eu tenho ações extras para as suas... seus... ahn... aquelas “coisinhas” que você criou. ¬¬ Transformarei suas Mãos de Rutor em NPC’s. Se eu tiver tempo, até monto ficha delas! o.O Você as enviou para os portos, não foi isso mesmo? Pois bem. A primeira cena será contigo então. A propósito, você também não se alimentou ainda... Quer fazer isso por meru ou virtualmente lá no dia? Para mim tanto faz...

Alan: Ainda não tive tempo de responder teu meru de forma decente. Perdoe-me, sim? Farei isso amanhã, sem falta! \o_O/ Aliás, onde você encontrou aquilo sobre as “placas de Saulout”??? Você, por um acaso, não tem o clanbook de Salubri, não... Tem? Ai...!~* -____-

Pescaldo: Tu é foda. ¬¬ É só isso que tenho a te dizer por enquanto.

Jwen: E quanto à “ela”? Não me deixe tão ansioso...

Júlia: Os garous NÃO estão atrás de você, especificamente. A ira deles recairá sobre toda a raça cainita... ¬.¬ O quê? o_O Por que estão me olhando assim?! Festinha gente!

Annabell: Você ainda não sente seus joelhos e pulso direito, minha linda. Estou de olho em você também... Ò_Ó

Céu: Escrevi um meru para ti. Leia e depois me diga o que devo fazer com Symon, ok?

Maira: o ataque ao seu refúgio está marcado para esta mesma noite. Não se esqueça desse “detalhe”...

Para todos: os personagens de vocês todos (sem exceções) começam a noite de 08 de janeiro com menos um Ponto de Sangue. Vocês perderão, automaticamente, um Ponto de Sangue a cada dois dias, como um custo óbvio pela sobrevivência de seus corpos mortos-vivos. Em compensação, Kao Noel estará distribuindo os Pontinhos de Experiência no próximo jogo que, antes que alguém pergunte, será certamente no Domingo. Então, vão à missa de manhã para ficarem com o final da tarde e a noite livre. Isso é uma ordem!

Outro aviso é de que eu não estarei aqui no Sábado (nem adianta me procurarem) e nem no Domingo durante o dia. Mas eu voltarei a tempo de começar o jogo às 18h. Portanto, estejam lá! Isso é outra ordem! Ò____Ó


O próximo evento de Anime será no dia 06 de maio, às 13h, lá no Multimeios. Para quem leu a matéria que o jornal A Cidade publicou ontem (05/04), simplesmente façam de conta que não leram, ok? ¬¬ Isso também é uma ordem!

_____

PS.: Reparem na imagem do post de ontem. Percebem a meticulosidade do artista em colocar a cabeça do Gamo estrategicamente em um ponto de referência? Oh, a arte me comove!! T________T

PPS.: Eu faço parte do Partido Monarquista... ¬.¬

PPPS.: Um comentário que eu queria fazer: O quê? Os Fiannas matarem meu Baali? O_O Querem dizer... aqueles míseros 40 lobinhos que descem montanha abaixo? Contra o meu Baali??? .... .... HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ!!!!!!!!!!! ^________________________^ Essa piada salvou meu dia! Vocês irão precisar de mais do que isso para me parar...!!

Corpo e Sangue - parte XI . b

08 de janeiro – Ano 201 d.v.C.

Refúgio de Karenin Solphière, Regente Tremere
Centro de Florença


No interior de uma majestosa biblioteca, Apeiron e Túlio ouvem o eco de um uivo não muito longe dali. Os olhos de Apeíron se alargam e ele se põe alerta e preocupado; sabe que aquilo fora um chamado. Túlio cobre os ouvidos com as mãos. O grito vem acompanhado do som do coração do garou que o lançara se quebrando. Túlio sabe que ele morrera, vira-o caindo, atingido por cinco flechas certeiras, enquanto a lua cheia observava muda. A dor da criatura chega até ele, e Túlio cai no chão de joelhos, ainda cobrindo os ouvidos, em uma tentativa inútil de não ouvir. Uma visão lhe vem rapidamente à mente, como um flash de memória, na qual ele vê um pequeno grupo, com cerca de 40 indivíduos armados descendo as encostas das montanhas, próximas da região em que o refúgio seu e de seu guardião se localizava. O espírito de um grande dragão e de uma quimera acompanhavam a matilha. De seu lado, Apeiron procura colocá-lo de pé, tomando-o pelo braço.

_ Túlio! Túlio, sente alguma coisa?

A expressão do menino é séria e apática, e seus olhos estão vazios e enevoados.

_ Veja... Eles irão atacar...



Palazzo Real da Camarilla


Na sala do trono, Raphael Melcchio conversava animado com os espíritos feéricos que ocasionalmente lhe faziam companhia. Os assuntos com o Sabá deixavam-lhe desgostoso e perturbado, e ele procurava consolo naquelas mágicas companhias. O som do chamado garou, contudo, chega também à sua corte. Os changelins fogem de volta para a Arcádia, assustados. Melcchio direciona os olhos translúcidos para os vitrais do salão e para a grande lua no céu.

_ Merda!



Refúgio de Abel Elíade
Região Oeste de Florença


No interior de um palazzo mediano de estilo antigo, a figura soturna de Abel Eliade, antigo dentre os Tremere de sua linhagem, preparava-se para iniciar um de seus macabros rituais de sangue. Nesse instante, contudo, chega até seus aguçados sentidos o longo clamor que fora ouvido por toda a região. Abel reconhece aquele som, sabe que trata-se de um pedido de ajuda. Sabe que era a voz de um garou o que ouvira. Um frio lhe percorre a espinha enquanto ele respira fundo. Calmamente, meticulosamente, ele retoma os preparativos de sua mágica...



Centro de Florença
Arredores do teatro Alichino


É com pesar que o jovem alto e loiro observa a queda dos três bravos garous. Ele possuía um certo apreço pela raça dos Fianna; afinal, eles tinham a mesma descendência, o mesmo sangue celta. Fora muito simples eliminar o jovem garou mais novo, mas a morte dos três maiores lhe deixava meio incomodado. Sentia-se, contudo, menos culpado por não ter sido ele mesmo a ter de matar a fêmea e aquele que parecia ser seu companheiro; eles tinham um ar realmente honrado e nobre.

O jovem loiro já se preparava para partir, quando ouve o uivo que percorre toda a noite de Florença.

_ O Réquiem dos Caídos... – ele murmura para si mesmo. Sabe que aquele chamado significará problemas para sua raça. Os Fianna não deixarão por nada a morte de cinco de seus filhos.

Ele se levanta e dá uma última olhada para o homem de chamas. Ele lhe passava uma impressão estranha, uma espécie de deja vu. As chamas que ele invocara também não traziam boas lembranças, mas isso não importava naquele momento. Aquele homem que viera com os garous era um mago, o jovem sabia. Ele sentia o cheiro da mágica, e não era um bruxo cainita.

Depois de alguns segundos, o celular em seu bolso indica uma chamada, que ele, homem de poucas palavras, atende de forma arcaica e contida.

_ Hm!

_ Sua Alteza manda chamá-lo, precisa de sua guarda. Esqueça o Sabá e todo o resto e venha até o Palazzo. Não temos tempo a perder.

O jovem loiro desliga o telefone de mau humor. Não lhe agradava empreender uma luta contra os garous; pelo menos, não contra os Fianna. Mas ele iria, de qualquer forma, e guardaria a vida do Príncipe se fossem essas suas ordens.